A radiologia, que inicialmente se apresentava como uma área de trabalho primordialmente masculina sob uma ótica deturpada de que aparelhos pesados e a exposição à radiação seriam fatores para opção por homens neste campo de trabalho, se curvou a força feminina.
Para quem trabalha na área da radiologia há alguns anos foi possível acompanhar esta transformação. Cada vez mais mulheres ingressam neste campo de trabalho, estima-se que, atualmente, o número de profissionais homens e mulheres esteja equilibrado, mas é um cenário prestes a mudar, pois pesquisas apontam que nos cursos técnicos 60% dos estudantes são do sexo feminino e nos cursos tecnológicos este percentual se eleva para 72%.
É sabido que o trabalho das mulheres está sendo cada vez mais valorizado em todos os segmentos da sociedade, questão que sequer deveria ser levantada não fossem os resquícios culturais da Antiguidade que ainda habitam algumas mentes empobrecidas, a verdade é que a mulher conquistou o seu lugar e não reconhece limites impostos.
A superação faz parte do cotidiano feminino: realizar dupla ou tripla jornada de trabalho, administrar o lar e o cuidado com os filhos, buscar especialização e melhor colocação profissional, tudo reforça que a mulher é capaz do que quiser, não importando as dificuldades que se apresentem.
Na área da radiologia os obstáculos enfrentados não são poucos, pois mesmo havendo legislação amparando a gestante e a lactante, muitos empregadores ainda não sabem lidar com tais questões, reduzindo de forma ilegal a remuneração ou remanejando a profissional para atividade incompatível.
Aos empregadores, sejam eles homens ou mulheres, resta compreender que a legislação não visa beneficiar a profissional da radiologia, a proteção se dá à maternidade, se dá a nossa própria existência.
SINTTARGS